12 de set. de 2023
Por: Heloísa Capelas
Artigo elaborado para o RH Portal
Ser avaliado nas mais diversas situações do nosso cotidiano gera em nós um certo desconforto, insegurança e, por muitas vezes, medo. Participar de um processo seletivo para conquistar aquela tão desejada vaga de trabalho é uma dessas situações que nos coloca em “evidência” frente ao outro que está nos avaliando e nos classificando de alguma forma como aptos ou não para assumir aquela posição.
O que temos de pensar é que, além das questões mais técnicas e pragmáticas, relacionadas as hard skills, as habilidades de soft skills e as questões comportamentais associadas a elas, têm um peso muito importante no desempenho dos candidatos. E a peça-chave aqui é empoderar-se do autoconhecimento. Claro que esse é um processo contínuo e não uma fórmula única, mas que se destaca para que você possa vencer desafios e posicionar-se mais seguro e confiante frente a essas situações.
O autoconhecimento nos faz perceber que somos os principais responsáveis por nosso desenvolvimento, fazendo-nos reconhecer muito melhor nossas fraquezas e potencialidades, e sabe o que isso significa? É ir além para enxergar pontos cegos e inconscientes sobre si mesmo. Essa autoconsciência é o primeiro passo para trabalhar o que dificulta você e, de novo, não me refiro aqui a parte técnica, tudo começa com a gestão emocional e comportamental. Da mesma forma, você se apropria mais de suas qualidades para colocá-las de maneira mais segura e clara em uma entrevista de emprego.
É por meio do processo de autoconhecimento que adquirimos também a certeza de onde queremos chegar, o que queremos para nós hoje e para o futuro, e como podemos ser propositivos e colaborativos em qualquer lugar em que estivermos. Essa clareza, objetividade e segurança é também percebida e valorizada pelos recrutadores que estão em busca dessas habilidades e autoliderança em suas equipes, pois sabem que esse perfil agrega valor para a empresa, contribui para a boa relação entre membros da equipe e gera maior produtividade.
O autoconhecimento segue sendo um grande diferencial ao longo da carreira, pois estamos em processo de autopercepção e autodesenvolvimento todos os dias, cada experiência é a oportunidade de nos tornamos um pouco melhores do que ontem, afinal, perfeição não existe. Ao seguirmos por essa trilha, fortalecemos a empatia, a comunicação e as relações, contribuímos para criar um ambiente corporativo mais rico em trocas e aprendizados mútuos.
Tem-se falado muito ultimamente na Felicidade no Trabalho; algumas grandes empresas, inclusive, estão adotando diretorias especificas para tratar desse tema e, mais uma vez, quem se autoconhece segue na frente. As companhias sabem a importância das pessoas trabalharem satisfeitas, com propósito, com visão de futuro e por isso têm investido em promover as mais diversas ações para oferecer condições para desenvolverem um ambiente de trabalho saudável. E a felicidade vem do autoconhecimento; tornando-a sustentável quando sabemos como vivenciá-la no dia a dia.