18 de jun. de 2022
Por: Heloísa Capelas
Hoje, quero lhe trazer uma reflexão muito importante sobre a forma como você tem usado o seu tempo. Aliás, o tempo é a única moeda que tem valor na sociedade contemporânea, já reparou? Quanto mais velozes os processos ficam, quanto mais a tecnologia avança, mais somos cobrados a dispor do nosso tempo de maneira mais eficaz e, principalmente, a otimizar nossas tarefas diárias.
Já está claro, portanto, que as pessoas bem-sucedidas são aquelas capazes de fazer melhor uso do tempo que possuem. Mas, para além do óbvio, ou seja, para além do fato de que essas pessoas sabem como tirar máximo proveito de cada minuto de seu dia, há algo ainda mais importante nesse contexto: para fazer bom proveito do tempo, é preciso, antes de tudo… Amadurecer!
É tão simples e fácil de entender, mas, porque quase nunca paramos para pensar a respeito, deixamos de perceber que essa mania de deixar para depois, de procrastinar as próprias atividades pessoais (como se alguém fosse pegar no nosso pé porque não as fizemos), ou mesmo de remoer as mágoas do passado e mover mundos e fundos em prol de estratégias de vingança – tudo isso é “coisa de criança”.
Na infância, esses comportamentos são comuns e aceitáveis, afinal, não sabemos fazer melhor. Mas por que é que agora, adultos, continuamos a agir de maneira tão infantil? Já pensou nisso?
Quando lhe digo que não temos tempo a perder, não estou dizendo que devemos ser afoitos ou agir como se tudo fosse “para ontem”. Ao contrário, paciência é uma virtude importante e necessária para a realização das nossas maiores metas.
Na realidade, a minha reflexão é sobre as incansáveis vezes em que ficamos parados, estagnados num mesmo lugar, como se à espera de alguém que pudesse nos mandar agir em alguma direção. Percebe como isso lembra aquela época em que éramos só crianças e estávamos sempre ‘reféns’ das decisões dos nossos pais ou cuidadores (a quem, de fato, cabia tomar todas as decisões de nossas vidas)?
O que estou querendo mostrar é que não há nada mais infantil do que delegar, a outra pessoa, a responsabilidade por tomar decisões que deveriam ser feitas por nós mesmos. Mas, por uma porção de razões, muita gente escolhe permanecer nesse papel para não ter de crescer e assumir a ‘adultez’.
Inegavelmente, a fase adulta é, mesmo, cheia de responsabilidades, mas ela chega para todo mundo, quer se queira, quer não. Por isso, de nada adianta lutar contra; é preciso olhar para si mesmo(a) e identificar quais razões têm tornado difícil um processo tão natural quanto envelhecer.
Neste caminho, a minha defesa é a de que o Autoconhecimento pode ajudar qualquer pessoa a crescer e amadurecer. E, principalmente, pode abrir as portas para uma mudança de paradigmas essencial, que acaba com a ideia de que ser adulto é “chato”.
Pelo contrário. Ser adulto é ser dinâmico, alegre, satisfeito, contribuinte e doador;
É saber dar e receber;
É participar e estar integrado na sua sociedade;
É ter sua importância vista e reconhecida;
É decidir seu próprio caminho.
E uma coisa eu posso lhe garantir: se você não está fazendo uma das coisas que acabei de listar, muito provavelmente, continua preso à sua infância emocional.
As pessoas que ficam presas à infância emocional, normalmente, são aquelas que vivem um sério compromisso com a vitimização (embora o façam de forma inconsciente, há que se dizer desde já). Sua fala é repleta por frases do tipo “é que meu chefe”, “é que minha esposa”, “é que meus filhos”, e assim por diante. Eles estão sempre se justificando e sempre usando o outro como argumento para suas faltas.
São pessoas que, sem perceber, continuam a viver, na fase adulta, aquilo que sentiram e viveram enquanto crianças – porque, mesmo que tenham tido pais e famílias maravilhosas, elas também tiveram de lidar com todas as vulnerabilidades e fragilidades inerentes à infância, assim como todo mundo.
É por isso que precisamos amadurecer a nossa criança emocional se quisermos exercer uma ‘adultez’ mais plena e saudável.
A verdade é que a infância emocional é algo que todos nós, adultos, tivemos (e ainda temos) de desbravar. Quando mobilizados por essa energia, voltamos a acreditar, muito profundamente, na nossa fragilidade, incapacidade e fraqueza; e, por isso, autorizamos a outras pessoas que falem por nós, que decidam por nós. A falta de disposição, de motivação, de alegria e de vontade de contribuir e de pertencer são sinais claros que estamos dando vazão à nossa criança emocional.
Em contrapartida, só para que você possa fazer a contraposição, pessoas emocionalmente amadurecidas são aquelas que estão prontas para ocupar seu lugar no mundo. Elas sabem dos seus valores e das suas competências, dos seus sonhos e desejos, sabem para aonde quer ir e o que querem fazer da vida – mesmo que se encontrem em meio às piores dificuldades.
O adulto emocionalmente amadurecido é, portanto, consciente de que terá desafios, obstáculos e percalços em seu caminho, mas fará o possível para aprender com cada um deles e seguir em frente. Ele assume a responsabilidade pelas escolhas que fez e, por isso, sabe que construiu as próprias vitórias e que deve lidar com os próprios fracassos.
E se esse é seu desejo, ou seja, se você quer parar de desperdiçar seu tempo com comportamentos infantis, compulsivos e automáticos, não deixe de viver o Autoconhecimento! Conheça mais sobre meus treinamentos presenciais.
Espero por você.