Home | Artigos
Liderança multigeracional: como os líderes podem melhor se preparar

01 de nov. de 2022

Por: Heloísa Capelas

Compartilhar:

Você já reparou como a chegada de uma nova geração ao mercado de trabalho é frequentemente considerada impactante. Repletos de energia e vontade de construir o novo, de agregar ideias revolucionárias aos métodos e rotinas replicados por longos períodos, os jovens que passam a ingressar no mundo corporativo trazem essas características em comum – que foram vivenciadas, inclusive, pelos que hoje são considerados sêniores. Do outro lado, temos hoje as lideranças que vêm recebendo cada vez mais equipes diversas e homogêneas e questionadoras sobre os modelos de trabalho. Será que surgem conflitos aí?

Sim, claro que sim e os conflitos geracionais, na verdade, sempre existiram. O que vemos agora é a chegada de uma nova população economicamente ativa que já foi alfabetizada na era digital, o que não aconteceu com as gerações anteriores, que ainda carregam muitos pensamentos e crenças analógicas. 

Dados do Great Place to Work, apontam que as gerações Y (millenials) e Z já representam 60% da força de trabalho global. E como não poderia ser diferente, as lideranças devem estar preparadas para lidar com esses times.

Para que se alcance um equilíbrio entre todos, os líderes, por muitas vezes mais velhos, devem estar abertos para as novidades, quebrar antigos paradigmas que não fazem mais sentido e enxergar todas as possibilidades que a juventude tem a propor. Millenials e geração Z trazem, inclusive, outras prioridades como a qualidade de vida, jornadas de trabalho flexíveis e muita, muita saúde mental.

Tendo essa gestão de mudança comportamental e de crenças como um dos principais desafios, é natural que a inteligência emocional e o autoconhecimento sejam chaves principais para que as lideranças consigam lidar com a multigeracionalidade, entender seus interesses e ideias, no entanto, sem colocar todos os anos de trabalho, aprendizados e conquistas em risco. 

É preciso desenvolver a capacidade de ouvir, legitimar o pensamento do outro e aceitar que os erros podem continuar acontecendo, seja aderindo às ações que sempre deram certo ou seguindo novas ideias. O líder precisa estudar, ficar bom naquilo que faz, compreender o sistema que ele lidera, mas antes de tudo, ele precisa ter consciência de si, de seu papel e de como ele impacta às pessoas. A inteligência emocional nos autoriza a existência e nos ajuda a permitir que o outro também vivencie essa experiência para que juntos façamos um bom trabalho e por isso ela é fundamental ao líder.

E é um processo essencial para que a evolução possa de fato acontecer, inclusive, no que diz respeito às relações de trabalho. A inovação traz a capacidade de correr riscos e nada nos impede de errar de jeitos diferentes do que foi feito no passado, até porque é assim que aprendemos. 

Inovar emocionalmente é isso, é dar um novo significado a uma boa conversa, é o respeito pelo sênior e pelo júnior, é poder olhar para essa juventude com muito respeito e dignidade, sabendo que são eles que vão herdar o mundo e farão diferente sim, e ainda bem.
 

Vamos crescer jun
Concordo que os dados pessoais fornecidos acima serão utilizados para envio de conteúdo informativo, analítico e publicitário sobre produtos, serviços e assuntos gerais, nos termos