05 de abr. de 2021
Por: Heloísa Capelas
Muita gente ainda acredita que investir em Autoconhecimento é algo que só traz benefícios à vida pessoal. Mas a verdade é que as pessoas que conhecem a si mesmas também têm mais chances de performar melhor e, consequentemente, de conquistar melhores resultados na vida profissional.
Neste artigo, eu vou lhe mostrar uma série de impactos positivos que o Autoconhecimento pode promover na sua carreira!
Uma das principais conquistas obtidas pelas pessoas que têm consciência de si mesmas é que elas se tornam capazes de identificar as próprias habilidades e dificuldades com grande clareza. Parece simples, mas a verdade é que, enquanto não voltamos os olhos para nós mesmos e fazemos uma avaliação honesta e sem julgamentos de quem realmente somos, continuamos a apresentar, ao mundo exterior, uma versão distorcida de nossa própria personalidade.
Eu posso acreditar, por exemplo, que não tenho problemas de comunicação com meus colegas de trabalho, mas só saberei se isso é realmente verdade quando estiver disposta a avaliar a maneira como me comporto nessas relações. Eu preciso querer, e querer de verdade!, para então conseguir responder com sinceridade:
A maneira como trato meus colegas é adequada?
A minha fala demonstra empatia, respeito, e desperta comprometimento?
Ou será que, sem perceber, eu tenho invalidado as pessoas ao meu redor?
Quais partes da minha comunicação são eficientes e positivas?
E em quais partes eu posso melhorar?
Veja: o Autoconhecimento nos dá absoluta clareza de que não somos e nunca seremos perfeitos. A partir da consciência de nós mesmos, deixamos de almejar a perfeição, e passamos a batalhar por metas possíveis – como a de nos tornarmos, sempre e a cada dia, uma versão melhor de quem somos.
O Autoconhecimento é peça-chave para que possamos nos sobressair no ambiente de trabalho porque fomenta a empatia e a comunicação responsável.
Veja: não existe trabalho sem interação. Mesmo que você seja um(a) profissional autônomo, que atua praticamente sozinho(a), a venda do seu produto (seja ele qual for) certamente requer que você estabeleça alguma relação com o mundo ao redor.
Portanto, obter melhores relações é essencial para o sucesso profissional, e isso se dá a partir da empatia e da comunicação responsável. Mas, antes ainda disso, para que eu consiga estabelecer empatia e para que possa me comunicar com mais eficiência, em primeiro lugar, preciso ser capaz de validar a mim mesma e de “conversar comigo mesma” com eficiência.
Em outras palavras, eu só posso fazer pelo outro aquilo que, em primeiro lugar, já fiz por mim. Bom exemplo disso são aqueles profissionais que pegam superpesado na autocrítica e na autocobrança. Essas pessoas exigem muito de si mesmas e, sempre que cometem um erro, repetem mentalmente e incansavelmente o quanto são incompetentes. Naturalmente, se não se autorizam a errar, tendem a agir de forma muito parecida com aqueles que estão ao seu redor quando essas pessoas cometem erros.
Assim sendo, só poderão diminuir a força de suas críticas e de suas cobranças em relação ao outro quando, em primeiro lugar, fizerem o mesmo por si mesmas – o que se dá pelo Autoconhecimento.
Se o Autoconhecimento possibilita, a você, conhecer seus pontos fracos e fortes – e se apropriar de tudo isso –, ele também lhe oferece condições para estabelecer metas possíveis, o que é importantíssimo para se sobressair na vida profissional.
Quando nós estabelecemos nossos objetivos, muitas vezes, ignoramos a importância de definir pequenas metas diárias que nos levem a alcançar aquilo que tanto almejamos. E, daí, eventualmente, uma ou outra falha no meio do caminho causa tremenda desmotivação.
Com autoconhecimento, você se torna capaz de estabelecer metas reais, possíveis e realizáveis. Na prática, a troca é simples. Em vez de dizer:
Pode parecer pouco, mas há uma grande diferença entre essas duas frases. A primeira tem tudo para lhe causar imensa frustração. Sim, porque, afinal, as chances são de que, hoje em dia, você vai muito pouco à academia (se é que vai). Daí, então, propor a si mesmo(a) uma mudança tão radical requererá uma energia tão, mas tão imensa da sua parte, que muito provavelmente você vai acabar falhando. E o que é que a gente faz quando falha uma ou duas vezes seguidas? Sim, desiste!
O medo é uma emoção comum a todas as pessoas. Esse sentimento está igualmente presente na rotina dos profissionais a quem mais admiramos, bem como no dia a dia de qualquer pessoa que almeje a liderança e/ou o sucesso (em qualquer âmbito, não apenas no aspecto profissional).
Por isso, costumo dizer que a grande diferença entre os profissionais de sucesso e os malsucedidos é que os primeiros reconhecem seus medos e pontos fracos, enquanto os segundos permanecem cegos quanto às próprias falhas – afinal, acreditam que precisam alcançar a perfeição a qualquer custo. Os grandes profissionais são e serão aqueles com a autoconsciência necessária para encarar e lidar com as próprias deficiências, bem como com os próprios acertos e virtudes.
Profissionais que reconhecem seus próprios pontos fortes e fracos conseguem definir melhor os caminhos que precisam seguir para chegar aonde desejam. Além disso, também funcionam melhor em equipe, porque conseguem comandar, estimular e obter comprometimento a partir da fala positiva e da capacidade de se colocarem no lugar do outro. O profissional autoconsciente é capaz de compreender e respeitar as características individuais de cada um dos seus colegas de trabalho; assim, torna-se apto a estimulá-los e a trabalhar em equipe de acordo com suas próprias peculiaridades.
As pessoas com alto grau de Autoconhecimento, como disse agora mesmo, têm a habilidade de reconhecer os próprios acertos e erros. E, consequentemente, de aplaudir a si mesmas pelo o que deu certo, bem como perdoar a si mesmas pelo o que não deu – para seguir em frente com uma nova tentativa de superar obstáculos sem culpa e sem autocrítica excessiva.
Isso tem tudo a ver com resiliência, aliás, diria até que essa é a habilidade que fomenta a resiliência. Nós, seres humanos, insistimos em buscar a perfeição e ignoramos que essa busca é vã. É impossível ser perfeito, seja qual for o sentido que se atribua ao conceito de perfeição. E enquanto não temos consciência e aceitação das nossas imperfeições, sempre que nos vemos expostos a elas, tendemos a nos tornar ainda menos adaptáveis e ainda mais rígidos.
A resiliência vem dessa aceitação das nossas imperfeições, da capacidade de perguntar PARA QUE isso está acontecendo, em vez de ‘POR QUE’. Mudar o foco é preciso e isso, muitas vezes, envolve sair da posição de vítima para assumir a responsabilidade pelos acontecimentos.
Além destas 5 razões, eu preparei uma outra lista, com mais 5 bons motivos para investir no Autoconhecimento para a vida profissional. Clique aqui e confira!
Voltamos a falar em breve.