06 de out. de 2017
Por: Heloísa Capelas
“O que você realmente deseja em sua vida?”. Foi essa a pergunta que fiz recentemente nas redes sociais em busca de pistas que me ajudassem a montar minha campanha de fim de ano. Acontece que, bem, tão logo as pessoas começaram a interagir com o meu post, reparei que… Puxa vida, eu havia feito a pergunta errada!!! E sabe por quê?
Porque, entre tantas respostas possíveis para a minha pergunta, quase todo mundo estava me dizendo que queria “Paz de Espírito”. E não, não tem nada de errado em querer paz de espírito. Mas, se o maior pedido de todos é o de encontrar e desfrutar de uma espécie de calmaria interna, só me resta reiterar algo que tenho dito há bastante tempo: precisamos todos sair do paradigma da guerra!
Sim, porque, afinal, que guerra particular é essa que afeta a vida de tantas e tantas pessoas? Digo, quais são os conflitos internos, os pensamentos negativos, as discussões individuais, pessoais e intransferíveis que tiram a tranquilidade e o conforto de tanta gente – a ponto de, diante de uma pergunta com tantas possíveis respostas, seu maior desejo ser a paz de espírito?
Na maioria das vezes, fazemos guerra em nossas próprias casas. Queremos ser felizes, amados e viver em pleno conforto, mas deixamos de fazer a nossa parte; pior que isso, ainda esperamos (e cobramos) que o outro saiba como nos trazer felicidade, amor e conforto.
Em grande parte, isso acontece porque, até hoje, o foco das pessoas tem se voltado para fora, para os outros, para o mercado ou, em outras palavras, para a economia, instituições, governos e governantes. Isso gerou inúmeros problemas, como a destruição do nosso planeta, a guerra (em todos os níveis), a diferença social e, acima de tudo, a insatisfação pessoal.
Para mudar esse panorama, é preciso transformar o jeito de ver e de fazer; ou seja, é preciso começar de dentro para fora. E é isto que o Autoconhecimento faz. Desta maneira, uma grande virada acontecerá, mas apenas para as pessoas que tiverem coragem de olhar para si mesmas. A receita para isso é antiga, mas ainda possui poucos adeptos, afinal, o ato de se olhar exige, além de coragem, amor por si mesmo.
A nova ideia é olhar-se por inteiro, com honestidade e abertura, para reconhecer o mais belo, forte e poderoso atributo que temos: nossa humanidade, ainda que isso cause medo e estranhamento em um primeiro momento. Somos humanos e escondemos essa característica sempre que valorizamos, sem perceber, o mundo externo em detrimento de nós mesmos.
Esse é o caminho do amor-próprio, a única trajetória viável e possível contra o medo e contra a guerra. Ou, se preferir, esse é o caminho do amor-próprio, a única trajetória viável e possível em favor da paz de espírito!